Papinhas de bebês: Três erros comuns que a maioria comete sem saber

Papinhas de bebês: Três erros comuns que a maioria comete sem saber

Você já se sente totalmente preparada para alimentar seu bebê pela primeira vez?

Imagino que esteja se sentindo despreparada, provavelmente não está sendo bem orientada, e pensa que se pudesse pular essa parte seria um grande alívio.

Bem-vinda ao clube!

A grande maioria experimenta esta desconfortável sensação de insegurança.

Qual de nós nunca se viu rodeada de dúvidas nesta fase?

Afinal, a correria do dia a dia, a falta de informações básicas, e a dificuldade de encontrar receitas práticas e ao mesmo tempo saudáveis, causam uma enorme sensação de desconforto e insegurança.

Infelizmente, muitas famílias não são bem orientadas nesta etapa, por isso as chances de erros são enormes.

Alimentar um bebê com alimento sólido pela primeira vez, parece simples, e é.

Mas quando nos faltam informações básicas no preparo das papinhas, no processo de congelamento e até mesmo na escolha de cada alimento, podemos estar colocando a saúde de nossos filhos em risco, e não é isso que pretendemos de maneira alguma.

No Manual das Papinhas, além de 100 receitas de papinhas super nutritivas e equilibradas, esclarecemos todos os detalhes que envolvem este processo, e que a maioria das mães e pais, e até mesmo alguns profissionais da saúde, desconhecem.

Abaixo estão os erros mais comuns praticados por muitas mães e pais durante o processo de introdução alimentar.

Primeiro erro: Preparar Sucos de Frutas

Preparar um suquinho de laranja lima logo no início da introdução alimentar, é algo tão comum entre as mamães e papais, que parece ter se tornado uma prática indispensável para a nutrição dos bebês.

Você precisa saber que esta é uma prática completamente ultrapassada, e que estudos recentes mostram o quanto isto pode desencadear sérios problemas para a saúde de nossos bebês.

Diabetes, Obesidade e Problemas Cardíacos

Estudos demonstram que o consumo de sucos de frutas e claro, outras bebidas açucaradas, colaboram com a obesidade e a baixa estatura em crianças. – Pediatrics 99:15-22, 1997

Em 29 de agosto de 2013 foi publicado no British Medical Journal, estudos realizados pelo departamento de nutrição da Harvard School of Public Health.

Estes estudos mostraram que o consumo de bebidas doces como sucos de frutas naturais colabora com desenvolvimento do diabetes do tipo 2.

Essa prática também provoca doenças cardiovasculares, e atinge todas as idades, não poupando nem sequer os crianças e bebês.

Antes de mais nada, é preciso compreender, que naturalmente nós seres humanos, não fomos feitos para consumir sucos de frutas.

Quando consumimos o suco das frutas separados de suas fibras, estamos enviando uma bomba de açúcar ao nosso organismo.

Com os bebês não poderia ser diferente, muito pelo contrário.

Algumas pessoas afirmam nunca terem oferecido doces aos filhos antes de completarem dois ou três anos de idade, mas por falta de informação, muitas oferecem sucos naturais.

A frutose sem as fibras é um verdadeiro veneno para o organismo de um bebê.

Pois bem, vamos então entender se realmente existe alguma diferença entre, nunca ter oferecido doces ao filho, e a prática de oferecer sucos naturais.

A sacarose que é conhecida como o açúcar comum, é um carboidrato formado por moléculas de glicose e de frutose.

A frutose, ao contrário do que muitos imaginam, não é necessariamente o açúcar da fruta. A frutose está presente em todos os vegetais em proporções diferentes.

O que temos que considerar é que a frutose é tão prejudicial quanto qualquer outro açucar.

Quando ingerida sem as fibras, ou seja, no caso de se preparar sucos da fruta, ela cai rapidamente na corrente sanguínea, forçando o pâncreas a liberar insulina para o controle de todo esse açúcar.

O problema é que nem sempre o pâncreas consegue dar conta de liberar a quantidade de insulina necessária e a frutose pode ficar “passeando” pelo sangue, e esse é o primeiro passo para o desenvolvimento do diabetes, é o que afirma a nutricionista e consultora em alimentação e qualidade de vida, Ana Ceregatti.

Se para um adulto esse processo pode ser tão destrutível, imagine para um bebê que está sendo iniciado na alimentação? Que está experimentando pela primeira vez, algo diferente do leite materno?

A frutose também é responsável por inibir a eliminação de Grelina.

Ou seja, ela altera de forma incorreta a sensação de saciedade do indivíduo, fazendo com que ele se alimente ainda mais.

Neste caso, ocorre o desenvolvimento da obesidade de uma forma geral.

Bebês que podem estar muito acima do peso, por exemplo, não possuem o hábito de comer doces e aparentemente mantém uma alimentação mais natural e saudável, certamente também consomem sucos de frutas naturais.

É normal, é comum que qualquer família cuidadosa e preocupada com o desenvolvimento saudável de seu bebê o faça.

Mas quando estamos abertas a receber informações, compreendemos então que nem sempre as coisas são o que parecem. Portanto é natural que se faça mudanças visando melhorar cada dia mais.

Por isso incentivamos que todas as mamães e papais conheçam o Manual das Papinhas, onde todas essas informações estão detalhadamente explicadas.

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Nunca Separe as Fibras

Se considerarmos que as frutas são naturais, mas espremedores e os liquidificadores não, vamos entender que o papel das fibras no processo de digestão do suco de cada fruta, é de extrema importância.

As fibras quando estão presentes, elas possuem a função de ajudar o organismo a processar lentamente a quantidade de açúcar que está sendo ingerida.

Ou seja, as frutas são perfeitas, porque possuem as fibras em sua composição, elas são alimentos extremamente saudáveis.

As frutas podem e devem estar presentes na introdução alimentar de todos os bebês.

Portanto, ao invés de oferecer sucos de frutas ao seu bebê, ofereça a fruta em forma de papinha.

Em geral a aceitação é boa, afinal as frutas são “docinhas” e as crianças mesmo nesta fase, tendem a estranhar menos.

Bom, meu objetivo aqui é eliminar o mito da afirmação de que sucos naturais de frutas são adequados para introdução alimentar.

Por isso, não irei nem citar aqui os suquinhos prontos, industrializados, estes, pelo amor de Deus, não deverão entrar no cardápio dos bebês em hipótese alguma, mesmo que suas embalagens afirmem que são naturais e nutritivos.

Segundo erro: Congelar papinhas no congelador

Você não pode congelar papinhas se não possuir um freezer.

Entenda que existe diferença entre freezer e congelador. E essa diferença está unicamente na temperatura que cada um atinge.

Um freezer, por exemplo, alcança até dezoito graus negativos, enquanto um congelador comum alcança apenas seis graus negativos.

A temperatura que é alcançada pelo freezer é de extrema importância quando se pretende preservar os nutrientes dos alimentos. Caso esse congelamento seja feito de forma incorreta, você poderá comprometer a saúde de seu bebê.

Nunca utilize um congelador simples para conservar alimentos por muito tempo. Se você possuir uma geladeira onde a porta do congelador é separada da porta do refrigerador, então possivelmente você possui um freezer. Certifique-se apenas de que este atinja a temperatura negativa de 18 graus. Neste caso, você poderá utilizá-lo perfeitamente para congelar papinhas.

A função de um congelador simples, estes que alcançam no máximo 6 graus negativos, é basicamente manter por mais algum tempo um alimento que já tenha sido congelado há uma temperatura de 18 graus negativos.

Inclusive no caso dos sorvetes, fica até fácil notarmos que dificilmente o congelador simples consegue manter a temperatura ideal.

Portanto, nunca utilize um congelador simples, se você quiser congelar papinhas por vários dias.

Assim como o congelamento, o descongelamento e o armazenamento precisam ser feitos da forma correta para não comprometer as papinhas.

Todo este processo ensinamos no Manual das Papinhas

Terceiro erro: Preparar papinhas com azeite

Gente, é muito comum encontrarmos mães e pais que preparam papinhas com azeite, acreditando ser essa a forma mais saudável de preparar papinhas.

Mas tudo bem, essa não será a primeira e nem a única vez que nós erramos tentando acertar.

Erros e acertos fazem parte deste universo materno e paterno. E vivenciar isto na pele, foi um dos motivos que me fez escrever o Manual das Papinhas.

Muitas vezes os pequenos detalhes fazem toda a diferença. E é sobre esses detalhes que iremos falar aqui:

Não utilize azeite de oliva para preparar papinhas!

O azeite é um excelente alimento, mas ao contrário do que você deve estar pensando agora, ele não só pode, como deve, estar presente nas papinhas de todos os bebês.

O detalhe que se deve notar, é apenas no aquecimento do azeite.

Na verdade, ele até poderá ser aquecido, mas ele nunca poderá chegar em ponto de fritura.

Quando preparamos papinhas, é natural aquecermos uma pequena quantidade de óleo para fritar o alho e a cebola, e é exatamente nessa hora que o azeite não pode ser utilizado.

Existem outros óleos e temperos extremamente nutritivos que inserimos nas 100 receitas do Manual das Papinhas.

O azeite de oliva quando aquecido a esta temperatura, se torna um vilão, na verdade ele se torna um outro tipo de alimento, altamente tóxico para o nosso organismo.

Outro detalhe importante sobre o azeite no Brasil, e que pouca gente sabe, é que quando um fabricante de azeite coloca apenas 15% de azeite verdadeiro, e logo depois completa os 85% que faltou com óleo de soja, ele pode escrever no rótulo simplesmente: Azeite de Oliva.

Pasmem, a lei brasileira permite isso.

Então, quando você pensa estar consumindo azeite, e pagando mais caro por isso, na verdade está consumindo 85% de um certo tipo de óleo prejudicial para saúde, que você nem sabe qual é.

Por isso é muito importante estarmos atentas, o conhecimento nunca é demais.

Com saber se o azeite é de boa qualidade?

Para identificar um azeite de qualidade, uma dica interessante, é coloca-lo na geladeira. Ele deverá se solidificar, caso contrário, é um falso azeite.

Existem algumas marcas no Brasil, que comercializam o azeite verdadeiro. Porém fiquem atentas com marcas caras e famosas, nem sempre são as verdadeiras.

Dicas para o consumo do azeite

Agora que você já sabe que nunca se deve utilizar azeite de oliva no preparo das papinhas de seu bebê, utilize-o quando as papinhas já estiverem prontas.

Isso mesmo, depois de pronta é hora de colocar um fiozinho de azeite no pratinho de papinhas, no momento de servir.

Caso você pretenda congelar as papinhas, nunca coloque o azeite antes do congelamento.

Sempre prefira colocar no momento de servir as papinhas.

Este três erros que descrevi acima, são apenas os mais comuns, porém, existem vários outros detalhes que são super importantes no preparo das papinhas.

A escolha de uma panela que não libere metais pesados

A utilização de potes livres de contaminantes

A forma correta de armazenar as papinhas

O congelamento e descongelamento correto, para preservar os nutrientes

Os temperos corretos

A higienização e remoção dos agrotóxicos

Se você não quer correr riscos com seu bebê, aconselhamos que conheça o Manual das Papinhas, onde, além de ter acesso a 100 receitas práticas, você vai aprender todos os detalhes para garantir uma introdução alimentar super segura e nutritiva.

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Conheça o Manual das Papinhas e garanta uma introdução alimentar super segura e nutritiva.

2 Comentários


  1. Olá! No lugar do azeite pode ser usado o óleo de coco para refogar a cebola e o alho?

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